Efeitos nocivos na lavoura de Cristo


Erwin Lutzer, em um de seus livros, usou uma ilustração bem apropriada para exemplificar os desdobramentos de certas técnicas usadas em diversas igrejas. Grande parte desses métodos são oriundos do pragmatismo americano.

Parafraseando é mais ou menos o seguinte:

“Quando trabalhamos de forma apropriada na terra, utilizando adubos naturais, água e iluminação adequados, limpeza e poda no tempo correto, o crescimento da plantação nem sempre é rápido, porém é firme e constante. Por suas vez ,os frutos também são naturalmente saudáveis. No afã de aumentar a produtividade e eliminar possíveis pragas, o agricultor utiliza agrotóxicos que aceleram o crescimento e deixam a plantação viçosa e exuberante. Mas o veneno usado não mata somente as pragas, ele compromete para sempre a fertilidade do solo. Produz frutos aparentemente belos e desejáveis mas deixe o solo estéril, sem condições de produzir mais nada.

O que temos semeado nos nossos cultos de uma forma geral? Soluções imediatistas e funcionais? Promessas que não encontram base sólida nas Escrituras?

Percebemos nas Igrejas pessoas cansadas, entendiadas, querendo algo mas nem sabem o quê! Sedentas de ouvir a Palavra de Deus. A longo prazo, o resultado é frustração COM DEUS, por causa de pseudoprofetas e pregadores que utilizam mais a psicologia e filosofia do que a própria Palavra ou mensagens de vitória e prosperidade. Concebemos uma geração de cristãos egoístas, ganaciosos e interesseiros que pensam só nas bênçãos de Deus e não NELE. Nosso “amor” por Deus é facilmente desconstruído a medida que os revezes e as adversidades nos assolam.

Em contrapartida, nos cultos de Edificação Cristã, onde o foco deveria ser o ensino bíblico, exaltam-se os tempos antigos confundindo doutrinas com usos e costumes e vice-versa, tratando dos nossos problemas (principalmente o pecado) somente de forma externa e superficial, ficando a sujeira dos nossos corações disfarçada pelo estereótipo denominacional.

Merecemos algo de Deus? Nunca, é só pela Graça que somos salvos. Mas as técnicas de pregação, louvor, performances e etc, uma vez usadas, nos tornam dependentes. Estamos viciados em mensagens de ânimo e conforto, porém não é disso que precisamos.

Precisamos de um avivamento! Através de pregações bíblicas, apaixonadas e fervorosas e atitudes contrárias a tudo o que venha a denegrir o Evangelho. “A Bíblia nos traz conforto e confronto, mas somente o confronto nos transforma!”

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